As Lésbicas são invisibilizadas duplamente na maioria dos museus e iniciativas em memória no Brasil e no mundo. Primeiro por ser mulher (machismo), segundo por ser lésbica (lesbofobia). Infelizmente, suas memórias, histórias e trajetórias são ocultadas e/ou forjadas de forma explícita.
Isso se dá pelo fato dos espaços de memória serem contruídos a partir de uma “matriz heterossexual” (Butler, 2003). Por sua vez, Adrienne Rich (2010) mostra a estratégia do “fechamento de arquivos e da destruição de documentos relacionados com a existência lésbica” (2010, p. 24). De fato, invisibilizar as lesbianidades, perpassa o machismo e lesbofobia.
Recentemente compartilhei aqui os museus virtuais LGBTIQ, posteriormente as iniciativas voltadas para a preservação da memória travesti e trans aqui. Trata-se do resultado parcial da pesquisa que desenvolvo, cartografando museus e iniciativas comunitárias em memória da comunidade LGBTIQ.
Tenha uma ótima visita virtual a estes importantes espaços!
Mazer Lesbian Archives – Estados Unidos
Iniciativa voltada para a preservação e difusão das memórias lésbicas.

Charlotte Museum Trust – Nova Zelândia
Museu dedicado a preservação das memórias, cultura e dos registros materiais de mulheres lésbicas na Nova Zelândia.

Museum Of New Zealand Te Papa Tongarewa – Nova Zelândia
O museu promove exposições temporárias, eventos e apresentações culturais em seus espaços voltados para a comunidade lésbica. Possui uma coleção significativa.

Lesbian Herstory Archives – Estados Unidos
Arquivo dedicado a pesquisar, preservar e difundir as memórias de mulheres lésbicas.

Escrito por Tony Boita – tony@memorialgbt.org